08 novembro 2009

Reinício

E não me culpem. Não estou a fim de ficar escutando sermão, porque meu saco já tá cheio. O fato é que eu estou indo para os Estados Unidos neste mês e eu estou com 90,0kg, recém-pesados na balança multi-hiper-mega da minha irmã. Daí minha mãe, para me ajudar, resolveu comprar roupas e voltou com um monte. Tirando as questões de gosto, muitas não serviram, e algumas das que serviram foram um de-sas-tre. Eu realmente me olhei no espelho e vi o Jabba the Hut com dois bracinhos pendurados numa bola de gordura coberta com um pano branco.
Gente, é de chorar. E foi isso mesmo que eu fiz: eu me permiti umas boas horas de autocomiseração, mandei uma revisão de texto que eu ia fazer a outra pessoa muito competente e em quem confio muito, e resolvi fechar a boca pra massa em geral. A única permitida vai ser a bolacha de água e sal. E arroz, é claro, essas coisas que o corpo pede. Pão, nem pensar. E nem o resto.
Então, minha irmã resolveu ir à pizzaria desta cidadezinha minúscula que é Monteiro Lobato. A pizza devia estar deliciosa, pelo cheiro e pela aparência, mas não comi. Não bastasse esse teste diante da minha decisão de começar imediatamente o processo para perda de peso, ainda me aparece uma mulher que operou o estômago e elas ficaram falando disso ao lado da mesa com pizza -- totalmente deprimente, gente. Eu tomei minha coca zero lotaaaada de gelo, como me ensinou o amigo da faculdade, Ricardo, há muitos anos.
Eu cheguei, tomei banho (gente, gordo sofre muito mais com o calor), e fui comer. Tomei um copo de leite desnatado, puro (estou ABOLINDO achocolatados), uma fatia de presunto, e uma bolacha de água e sal.
Se estou com fome? Sim. Se quero comer? Não. Quem pensou, num período de uma semana, em vomitar, em se matar, em tomar laxante, ..., não pode desistir de se reeducar.
Eu fui ao médico, gente. Juro. Ele falou para eu consultar uma nutricionista e tomar lipiblock. Mas como é que uma pessoa com os braços curtos e a barriga do tamanho da bola do playcenter vai ficar indo ao banheiro de 15 em 15 minutos? Sem condições. Então, tomei coragem pra reeducar minha alimentação. Eu SEI que dá certo. A minha balança está pesando. E eu não aguento mais a dor no corpo, o cansaço, o desânimo e me sentir mal porque quero ser magra, porque quero ter muito menos problemas com meu corpo e com aceitar quem eu sou, como eu sou -- com a minha deficiência e tudo.
Eu sei que isso foi muito mais um desabafo do que qualquer coisa, mas eu preciso falar. Não tenho grana para pagar um psicólogo. E eu quero voltar à piscina, só que isso depende de pedir mais esse favor pra minha mãe, que é o de me levar e tal. Além disso, TENHO de voltar à fono; adoro cantar e até tenho voz, mas tenho de fazer fono. Isso é uma realidade premente pra mim.
Mas esse já é assunto pra outro dia. Por hoje, já enchi a paciência de vocês. Fui.

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