Retomando o meu objetivo
Interessa dizer algumas coisas básicas: continuo na HP, me doutorei, fui à Inglaterra (!!!) por poucos e inesquecíveis dias, comecei a lecionar numa faculdade, mudei de cidade, engordei pra caramba porque tomei coca-cola, comi errado e não me exercitei, e agora que a balança mostra 70.9 kg eu estou muito determinada a eliminar pelo menos oito quilos.
De certo modo, a vida está estabilizada, mas é tudo muito incerto num tempo de crise: rezo para que permaneça empregada e morando na minha casinha alugada. Nunca fui de poupar, e só depois de "velha" estou colocando minhas contas em dia. O que tenho de meu, além das dívidas e da Lana, minha dasch, é o FGTS guardadinho. Uma merreca pra comprar uma casa quando alcançar o valor mínimo pra Caixa financiar -- isso se as coisas continuarem com subsídio. Acho difícil se a direita assumir o país, mas não vou usar esse blog pra ficar falando da crise ou do que eu penso sobre política (e penso muita coisa, mas aqui não é o lugar simplesmente porque não quero).
Eu sei que toda mudança é lenta e gradual. Então, vou começar pelo básico: substituir coca-cola por qualquer líquido saudável e tomar água (é: eu não tomo água e ainda sonho em ser saudável) e cortar o pão. Esses são meus dois venenos. Eu sinto a gordura estourando na pele das coxas. Eu vi a balança subir como rojão. Resolvi que não dá mais. Então, água e comida decente it is.
Deste ponto, há a consequência: o que comer, se não pode cortar carboidrato? Se eu tenho de manter as vitaminas e nutrientes em níveis decentes? eu vi que está tudo de normal pra abaixo da faixa, no exame que fiz há quinze dias. fiz até a endoscopia. Mas vou esperar emagrecer quatro quilos pra voltar ou o Dr. Thales me mata -- e com razão.
Continuando: o que comer? Vem a dúvida seguinte e inseparável: como cozinhar e não deixar estragar, se eu moro sozinha, não tenho freezer, e não dá pra ficar cozinhando toda hora porque eu trabalho (tá, vejo seriado na Netflix à noite, faço meu bordado quando vou de trem a São Paulo -- é; eu bordo)? Não tem jeito: vou ter de tentar cozinhar menos e comer direito. Não vou nem questionar o horário louco em que durmo e acordo. Basta, por enquanto, que eu coma decentemente quando a forma bater, seja a que hora for. E não vou tirar o açúcar do café. Comprei demerara por questão de ser menos venenoso, mas a ideia não é substituir por adoçante, e sim diminuir o consumo do próprio açúcar. Não fiz operação do estômago pra tirar o açúcar da minha vida.
Então, é isso: água (vou começar com o objetivo de pelo menos dois copos por dia), sem coca-cola, sem pão, e comida feita em casa. Eu faço bem temperadinha, quase não uso
óleo ou azeite, e como aquele arroz integral de grãos, de que gosto muito mesmo. eu fui ao mercado ontem à noite e fiz a feira. Fiquei umas horas em terapia manual de lava, seca, corta, armazena e guarda a comida da semana. Não cheguei à perfeição das saladas em potes de vidro, mas tem muita variedade prontinha pra consumo na geladeira: cenoura em palito, pimentão verde e pimentão vermelho prontos pra refogar ou usar em salada, chuchu ralado e conservado em água (aprendi na Temakeria & Cia.), beterraba ralada (dá pra bater no liquidificador com a cenoura em palito -- hummm!), pepino, rabanete (esse eu descasquei e deixei num molho com água e vinagre de álcool) e os tomates cereja. Tem cebola pra cortar na hora, e eu vou ver se aprendo a incrementar uns molhos espertos e light pra salada. De manhã (quer dizer, depois das três horas e meia que vou dormir hoje) eu cozinho o arroz e faço uma omelete (olha o pimentão e o cheiro verde aí, gente!).
O passo seguinte é me exercitar. Calma. Eu me conheço e se eu tento começar tudo de uma vez, desisto numa semana. Mas sim, vou tentar postar aqui como forma de me lembrar do meu compromisso para a vida: a escolha que eu fiz, há muito, muito tempo, de que eu quero ser magra. Só que magra não é mais o padrão revista ou mídia assassina. Aos quase quarenta e sonhando em, quem sabe, engravidar, o meu magra é ter onde pegar e ter disposição e energia, e ainda sair bonita no book que eu ainda vou fazer (podem escrever, que vou).
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