06 abril 2016

Retomando o meu objetivo

Por diversas vezes pensei em postar neste blog. Pensei. Quis. Devi. Tentei. Daí, eu me distraía, ou pensava que teria de fazer um relatório do que se passou nesse tempo todo. E desisti a cada vez que pensei nisso.
Interessa dizer algumas coisas básicas: continuo na HP, me doutorei, fui à Inglaterra (!!!) por poucos e inesquecíveis dias, comecei a lecionar numa faculdade, mudei de cidade, engordei pra caramba porque tomei coca-cola, comi errado e não me exercitei, e agora que a balança mostra 70.9 kg eu estou muito determinada a eliminar pelo menos oito quilos. 
De certo modo, a vida está estabilizada, mas é tudo muito incerto num tempo de crise: rezo para que permaneça empregada e morando na minha casinha alugada. Nunca fui de poupar, e só depois de "velha" estou colocando minhas contas em dia. O que tenho de meu, além das dívidas e da Lana, minha dasch, é o FGTS guardadinho. Uma merreca pra comprar uma casa quando alcançar o valor mínimo pra Caixa financiar -- isso se as coisas continuarem com subsídio. Acho difícil se a direita assumir o país, mas não vou usar esse blog pra ficar falando da crise ou do que eu penso sobre política (e penso muita coisa, mas aqui não é o lugar simplesmente porque não quero).
Eu sei que toda mudança é lenta e gradual. Então, vou começar pelo básico: substituir coca-cola por qualquer líquido saudável e tomar água (é: eu não tomo água e ainda sonho em ser saudável) e cortar o pão. Esses são meus dois venenos. Eu sinto a gordura estourando na pele das coxas. Eu vi a balança subir como rojão. Resolvi que não dá mais. Então, água e comida decente it is. 
Deste ponto, há a consequência: o que comer, se não pode cortar carboidrato? Se eu tenho de manter as vitaminas e nutrientes em níveis decentes? eu vi que está tudo de normal pra abaixo da faixa, no exame que fiz há quinze dias. fiz até a endoscopia. Mas vou esperar emagrecer quatro quilos pra voltar ou o Dr. Thales me mata -- e com razão. 
Continuando: o que comer? Vem a dúvida seguinte e inseparável: como cozinhar e não deixar estragar, se eu moro sozinha, não tenho freezer, e não dá pra ficar cozinhando toda hora porque eu trabalho (tá, vejo seriado na Netflix à noite, faço meu bordado quando vou de trem a São Paulo -- é; eu bordo)? Não tem jeito: vou ter de tentar cozinhar menos e comer direito. Não vou nem questionar o horário louco em que durmo e acordo. Basta, por enquanto, que eu coma decentemente quando a forma bater, seja a que hora for. E não vou tirar o açúcar do café. Comprei demerara por questão de ser menos venenoso, mas a ideia não é substituir por adoçante, e sim diminuir o consumo do próprio açúcar. Não fiz operação do estômago pra tirar o açúcar da minha vida. 
Então, é isso: água (vou começar com o objetivo de pelo menos dois copos por dia), sem coca-cola, sem pão, e comida feita em casa. Eu faço bem temperadinha, quase não uso
óleo ou azeite, e como aquele arroz integral de grãos, de que gosto muito mesmo. eu fui ao mercado ontem à noite e fiz a feira. Fiquei umas horas em terapia manual de lava, seca, corta, armazena e guarda a comida da semana. Não cheguei à perfeição das saladas em potes de vidro, mas tem muita variedade prontinha pra consumo na geladeira: cenoura em palito, pimentão verde e pimentão vermelho prontos pra refogar ou usar em salada, chuchu ralado e conservado em água (aprendi na Temakeria & Cia.), beterraba ralada (dá pra bater no liquidificador com a cenoura em palito -- hummm!), pepino, rabanete (esse eu descasquei e deixei num molho com água e vinagre de álcool) e os tomates cereja. Tem cebola pra cortar na hora, e eu vou ver se aprendo a incrementar uns molhos espertos e light pra salada. De manhã (quer dizer, depois das três horas e meia que vou dormir hoje) eu cozinho o arroz e faço uma omelete (olha o pimentão e o cheiro verde aí, gente!). 
O passo seguinte é me exercitar. Calma. Eu me conheço e se eu tento começar tudo de uma vez, desisto numa semana. Mas sim, vou tentar postar aqui como forma de me lembrar do meu compromisso para a vida: a escolha que eu fiz, há muito, muito tempo, de que eu quero ser magra. Só que magra não é mais o padrão revista ou mídia assassina. Aos quase quarenta e sonhando em, quem sabe, engravidar, o meu magra é ter onde pegar e ter disposição e energia, e ainda sair bonita no book que eu ainda vou fazer (podem escrever, que vou).

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