09 fevereiro 2012

Na semana passada fiz 1 ano de cirurgia bariátrica

Não achem que é pouca coisa: um ano de cirurgia significa que eu realizei uma trajetória até aqui e que me trouxe a uma condição bem melhor do que aquela em que eu me encontrava há um ano: mais de 33 quilos mais magra, muito mais disposta, realizando meus projetos, e tentando manter um ritmo mínimo de exercícios no meio da loucura que é a minha vida.
Nesse tempo, aprendi a comer menos, a não ter vontade de comer coisas que antes eu morria pra comer, como lanches do McDonalds por exemplo. Batata frita pra mim é coisa assim: caseira e uns palitinhos, coisa de 2 ou 3. Os de fast food entalam, me doem o estômago. O gosto deles na minha boca é enfarinhado. Eu não reclamo: só tenho a ganhar com isso.
Eu ainda tenho de emagrecer 15 quilos. E, agora que um ano se passou, que eu já fiz massagem, drenagem, o caramba, eu descobri na pele uma coisa que todos dizem: a cirurgia não faz milagres; você tem de ser responsável por cada parte do tratamento. Eu, por exemplo, "enrolo" e atraso um pouco minhas doloridas injeções de citoneurin, mas mesmo assim vou e tomo -- e, para que conste, a última tomei na sexta passada.
Descobri que é fácil trocar um pratinho de comida por pão. Descobri que se eu ficar mais de 3 ou 4 horas sem comer, eu passo mal de fraqueza e mexe com o intestino. descobri que tomar coca-cola ferra tudo porque ENGORDA. Eu me peso todo santo dia. A nutricionista diz que gera estresse e ansiedade. No meu caso, não me pesar diariamente faz com que eu perca o controle e engorde.
Descobri que continuo com o vício FDP de não tomar água. Em compensação, eu me preocupo em fazer ao menos uma refeição completa ao dia: o almoço no bandejão. Tem arroz integral, feijão preto, PVT (às vezes eu pego carne se for moída, porque as outras têm muito nervo e eu nunca gostei), às vezes pego salada (se não for escarola ou alguma verdura amarga) e tem sempre uma verdura cozida ou um legume cozido. Pego prato de sobremesa e almoço devagar. Frequentemente, não como tudo o que tem no prato: elas colocam mais do que eu posso comer. Nesse processo, também descobri que se eu quiser comer um pão francês inteiro, eu fico empanturrada, mas como. Em compensação, eu posso simplesmente comer DEVAGAR meio pãozinho, e estou de boa. Eu passo mal de reação de dumping se a comida é forte ou com doce melado. Geralmente, melhoro em 10 minutos.
Eu também virei a rainha do "restinho" no copo: não importa o quanto eu coloque, eu sempre largo um resto porque não cabe ou porque eu perco o interesse em tomar a bebida, seja leite, chá, água, ou suco. E eu só consigo "entornar" devagar, mas na sequência, 6 goles de liquido. Gole normal, não é golão, não.
Meu intestino poderia ser melhor se eu tomasse água, né. Mas como eu sou safada e sem-vergonha, eu não fico tomando água e me lasco. Daí eu me apavoro quando fico 3 ou 4 dias sem ir e a balança aponta um quilo a mais. Não quero nem saber: vou lá e tomo dulcolax; pelo menos desincho e volto ao peso. Não é sistemático, é só na crise.
Por conta de mudanças no trabalho e de moradia, de reforma de casa da família, e tal, eu passei meeeeses de estresse. Daí por 2 ou 3 meses chutei o balde e tomei coca-cola. Agora, só mesmo se dá a crise de abstinência total. Mas como tomo café, dá uma controlada nesse lance de cafeína.
E, por falar nisso, estresse + cafeína em excesso = TPM TOTAL. Por isso, voltei a tomar o Yasmin, que é caro, mas me ajuda pra caramba. Fora ele, eu tomo o Materna e o Dermavite. é meio comum eu esquecer de tomar um ou o outro num dia, mas pelo menos um deles eu tomo. Evito tomar com leite.
Eu lembrei na prática que exercício é ruim no começo, mas depois dá uma disposição maravilhosa. Em janeiro, corri na raia e pratiquei no cepeusp. Mesmo trabalhando. Mesmo lendo. O dr. Thales uma vez me disse que eu sabia que a minha vida é cheia de coisas antes mesmo de operar e que eu tenho de arranjar espaço pra exercícios. Ele tem razão. Por motivo de cansaço, de fechamento de trimestre na empresa, de problemas outros, eu não me exercito há 3 semanas e estou sentindo uma baita falta. Vou retomar na sexta. E hoje eu volto às sessões de análise -- estivemos em férias no mês de janeiro.
Com tudo isso, o meu peso é o seguinte: estou um quilo acima do que devia -- a minha régua aí do lado está atualizada. Estou agora entrando naquela fase em que emagrecer é totalmente dependente de disciplina e persistência. Por isso, vou tomar mais água e voltar a comer mais fruta. Ficar em São Paulo direto tem o inconveniente de não ficar com fruta fresca a toda hora. Não ter cozinha no apê também desestimula. Para mim, a cozinha é o melhor ambiente de uma casa e eu sinto falta disso. Tenho excelentes memórias de família e de amigos na cozinha, conversando, comendo, rindo...
O que eu sei agora é que o processo continua e que eu tenho de apertar mais na disciplina: tomar água e me exercitar ao menos 3 vezes por semana. Continuar comendo refeições variadas e saudáveis, e diminuir o pão. Tirar o açúcar do chá e tomar adoçante até conseguir atingir a meta. No café não dá, mas no chá e no suco, até consigo. É fácil? Não.Não é. Só que eu não dei minha cartada final pra jogar tudo isso fora.
Bom, gente. Acho que desta vez o blogspot não come o meu post antes de eu postá-lo a vocês. E eu vou tentar dormir, mesmo com todo este calor e estes pernilongos filhos de uma pernilonga que podia ter procriado LONGE daqui. Ah, sim: a foto do perfil não é linda, mas é atual. bom, gente... fui. Beijos!

1 Comentários:

Blogger André G S Tavares disse...

Ótimo discurso. Serve de exemplo para outros mas serve para você mesma se policiar! Nem sabia que tinha o blog... tô por fora de muita coisa mesmo. Força aí! Beijo

9/2/12 2:26 PM  

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