08 janeiro 2019

(Re)começando o processo em nova fase da vida

Eu não sei quantas vezes parei de tomar coca-cola na vida. Seguramente, pra valer, e que duraram um tempo, foram umas 5 vezes. Esta é a sexta, imaginemos; esperemos que seja a última porque não mais tomarei. 
Saiu O bebê de Bridget Jones em 2016 e eu o vi na época, mas só agora comprei o DVD. "Com Netflix e tudo quanto é streaming?!", você pode perguntar. Sorry, baby, eu sou old school. Daqueles de que gosto bastante eu sou afeita a ter à disposição. A Bridget consegue emagrecer e manter o peso depois de dez anos do segundo filme -- ou livro, 'tantúfas' --, e eu? Bom, eu engordei péssimos nove f*cking quilos depois de ter virado mãe. Que beleeeeza; tive gravidez com enjoo, mal engordei (8,7 kg), voltei ao peso em 15 dias, e depois eu não chutei o pau da barraca: eu taquei foi fogo nela. 
Há, porém, uma justificativa válida: minha vida virou de ponta cabeça e eu perdi o meu emprego de quase 12 anos na empresa -- redução de pessoal, eles disseram (sei...) --, e passei metade de 2018 em busca de um emprego. Desta vez, eu investi muito em procura por emprego na área de ensino, desde faculdades até escolas de línguas. O resultado é que hoje estou saindo logo mais para dar entrada no processo de contratação temporária numa conceituada escola de inglês, e na semana que vem é a vez de dar entrada na papelada para trabalhar como corretora de redação num conceituado colégio paulistano. Not as perfect as it could be, mas é o que tem pra hoje e eu agradeço de joelhos a Deus. 
Bom, voltando: eu viajei pros estêitis e voltei, eu mudei de casa, eu venho aprendendo a ser mãe, eu não tenho sono regular (imagina, se antes não tinha, agora...), e daí pra começar a fazer @$#T@$%%¨@!%$ com a alimentação foi um pulo. Coca normal, sem tomar água, sem leite, 80% de pão, e fui parando de comer comida, ou seja, receita infalível pra entrar no tobogã superrápido pro inferno da obesidade e da dor no corpo. Dos enormes 68kg (lembra que cheguei a 60?), cheguei a 77kg. Pois é, dear, 77 kg nessa !#$%@% de corpo pequeno de uma cadeirante com artrose avançada nos joelhos, operada do estômago e mãe de uma garotinha de 1 ano e 3 meses que está aprendendo a andar e a fugir pras artes dela. De novo, porque uma vez está pouco: que beleeeeeza!
Eu vinha vendo isso acontecer, mas lidar com o estresse de relacionamento, família, filha, falta de emprego, dinheiro indo embora, dor de dente (desmineralização dos dentes; aconteceu comigo), e trabalho de correção de redações, além dos processos seletivos absurdos, bateu no cocuruto da cabeça, né? Resolvi que só ia me concentrar na minha reeducação após o término de alguns processos e freelas
Eu vinha me lembrando de que minha escolha é ser magra. No entanto, ao contrário do que eu imaginava quando comecei este blog, lá em 2000 e tralalá, minha magreza não é a de pesar 50-55 kg, e sim a de estar bem comigo mesma, entrando nas roupas, fazendo todos os movimentos que me garantem elasticidade, liberdade e independência. A gente aprende a trabalhar nossa imagem pra gente mesma após a bariátrica, e aprende a calibrar nossa autoestima. 
Eu estou, pois, há dias sem tomar coca-cola. Nenhuma. Nenhum refri. Nem Aquarius ou o que valha. Estou tomando Ades zero, água, chá, mais água, leite, mais água, suco. Não sei quantos dias faz; só sei que foi entre o Natal e o Ano Novo. Só de não saber a data certa eu já me sinto feliz. Eu também resolvi diminuir drasticamente -- eu disse drasticamente -- o consumo de chocolate. Neste ano, eu comi um alfajor argentino e um bombom da Kopenhagen, ambos presentes de queridos amigos. Ganhei a caixa de bombons, mas comi somente um. Estou mesmo, e muito seriamente, retomando controle da minha vida. Eu resgatei o meu cardápio, desenhado pra mim pela nutricionista, para uma vida saudável. Meu próximo passo é CORTAR o pão branco e diminuir 80% do pão que restar. Lembro até hoje de ver uma obesa mórbida no Defeitos da Face e ela me dizer que tinha feito bariátrica havia anos, e que havia engordado por causa de pão. ela me disse: "FUJA DO PÃO", nesse nível de intensidade. Agora eu entendo a urgência na fala dela. Não vou esperar chegar naquele nível pra me arrepender, assim já está bom pra começar a tomar vergonha na cara. Estou diminuindo o nível de açúcar nas bebidas, e evitando doces. 
Quanto às vitaminas, eu também tinha parado com tudo, e gente operada de estômago não pode parar. Que falta de responsabilidade. Estou retomando; fiz até controle no meu bullet journal, porque nessas de querer controlar tudo, até mesmo um diário de tarefas e de controle eu tenho. Isso me ajuda a me manter na linha. Desenho bonitinho quando a minha bebê está nanando e isso me anima a continuar. 
Eu estou tão sedentária (tirando o levantamento de peso rebelde e esperneante que é trocar a minha filha quando dá piti), que minhas costas doem e eu não consigo sequer pensar em pedalar meu bom e velho triciclo (cujo pneu está furado...) na parte de cima da casa -- e olha, que dá pra dar uma pedaladinha lá. Quero fazer exercício, mas a USP fica longe pra ir e vai tomar horas, algo que não pode ser feito com criança pequenininha -- eu preciso de uma rotina de exercícios em casa, como eu fazia no Cepê --, e pagar academia com água nem pensar. Se eu tiver direito ao SESC (não entrarei na categoria de professor, no colégio, e sim de staff), posso até cogitar o de Pinheiros. Até pensei em verificar na Smart Fit se os caras têm gente treinada para lidar com cadeirante e com síndrome (nanismo diastrófico, como você sabe), mas ainda não me animei. Estou pensando em começar com yôga umas duas vezes por semana e intercalar com retomada de movimentos básicos de exercício com peso e com corda, que eu fazia no Cepê. Estou vendo vídeos, e tentando me animar. Não adianta regular alimentação e água sem exercício algum.
Finalmente, preciso regular algo que anda um lixo total nesses tempos: meu sono. Sem dormir com um mínimo de regularidade, o corpo não responde. Um dos motivos de eu querer este emprego no colégio é que ele pede 30 horas por semana, das quais espero poder fazer 3 manhãs, ao menos. Isso me dará mais tempo com minha amada filha e mais tempo para mim. É ter dinheiro só pras contas, mesmo, mas eu quero investir em nós duas, e isso significa investir, consequentemente, na qualidade de vida da minha família. 
Eu atualizei a régua de peso ao lado, no menuzinho. Tá zerada porque estou com o peso com que a redesenhei. Conforme eu for me pesando às sextas-feiras (ó só que coisa, eu até troquei a bateria da balança ontem), eu posto aqui. Isso me motivará a escrever mais aqui no blog. 
Em resumo, é um PUTA desafio ser mãe, ser cadeirante e manter o peso. Ansiedade e  estresse falam alto, e a gente tem de saber administrar (por isso, o yôga entra no meu plano). Só que, como eu quero viver com qualidade de vida, isso exigirá trabalho. O benefício é meu, né? Não tenho pressa; desde que seja constante, eu estou feliz. 

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