15 janeiro 2019

Ser mãe muda a existência e renova a vida

 Escolhi esta foto porque é uma das que representam um momento muito especial com a minha filha. Ela tinha um mês (amanhã fará 1 ano e 4 meses), e estávamos no meu escritório -- o cômodo da casa que abriga, ao mesmo tempo, escrivaninha, computador, biblioteca e, agora, um painel com TV e DVD (sim, sim, tem streaming também). Dormia a sono solto, e eu consegui capturar essa cena que, para mim, representa momento de ligação entre nós. Veja, minha filha é o que move meu mundo: acordo pensando nela, e muitas vezes sou por ela acordada, cuido de muitas atividades dela, embora a Ana faça o pesado porque, por razões óbvias de mobilidade, não aguento sozinha a força que a minha bebê tem, e durmo com ela, velando para que tenha sono reparador. Por ela, eu tomei a decisão de retomar minha educação alimentar. Tenho ido mais ou menos bem: escorreguei e comi um pastel, e para compensar não almocei direito, mas fora isso, tenho ido bem, até. E sem coca-cola. Nem um golinho. Tem coca-cola na geladeira, às vezes, porque a Ana é outra que tem hábito de consumir o famigerado refri, mas eu passo reto. Pego água, pego limonada, pego chá-mate, pego Ades. Pra comer, eu diminuí o pão branco e as massas em geral, e estou consumindo mais frutas. Eu também estou tentando não acumular carboidratos no prato, e acabo recorrendo à tabela que a nutricionista me passou ao me dizer que depois da bariátrica, seria daquele jeito que eu teria de me alimentar. 
Eu estou me esforçando para dormir e acordar em horários regulares, o que é também um modo de regularizar o sono da minha bebê, que é cria de coruja com morcego. Isso me ajudará a acordar mais cedo para trabalhar no colégio e me ajudará a fazer com que o corpo ajuste suas engrenagens e não veja necessidade de guardar nada de reserva desnecessária. É verdade que eu ainda tenho fome à noite -- eu estava na fase crítica de acordar de madrugada toda santa noite, com fraqueza para consumir carboidrato --, mas eu levo chá, fruta e, na crise extrema, um sanduíche de pão de grão e requeijão. 
Estava nos meus "dias vermelhos" até hoje, e por isso estive com retenção de líquido. Depois que coloquei o Implanon no braço, todos os sintomas de TPM e de menstruação que eu tinha antes de operar do estômago voltaram, mas acho que a retenção tem a ver com a gordura no corpo. De toda forma, eu me pesei na sexta e estava com 76,4 kg, e hoje eu me pesei e estava com 76,2 kg. No último dia do ano, estava com 77 kg. no primeiro sábado, 77,1kg. Então, emagreci praticamente um quilo. Também tenho me esforçado pra me lembrar de tomar as vitaminas todas, e confesso que muitas vezes é a necessidade de preencher o meu Bullet Journal que me motiva a ir lá e tomá-las. Retomar um hábito perdido é mesmo um processo que exige insistência. 
Ontem, comecei a ler para a minha filha Uma casa na floresta, de Laura Ingalls Wilder. Os livros de Wilder são tão importantes na minha vida, que me levaram a fazer uma Iniciação Científica e um Mestrado para pesquisá-los. Ainda hoje mantêm o encanto para mim, e espero que ela sinta o mesmo, ainda que jamais possamos adivinhar o gosto leitor dos outros. Meu orgulho é vê-la me imitando: abre seus livrinhos no berço quando me vê lendo (seja o Kindle, seja impresso), e hoje aponta e conta a historinha. 
Minha filha é minha grande motivação. Eu quero ter disposição e energia para ser a mãe dela, e não a avó, apesar de termos 40 anos de diferença entre nós. Espero viver com ela a experiência da vida diária e proporcionar a essa menina tão essencial e tão especial as aventuras de brincar, aprender e viajar comigo. É muita pretensão, mas uma mãe pode querer, né? 
Amanhã ela vai à pediatra, mas será a vovó que a levará, porque esta mamãe estará em reuniões e exames para formalizar um novo emprego, que espero que seja bom para mim, para o meu muito amado companheiro e para a nossa pequena. Vou indo a passo de tartaruga, mas eu sei que o importante é continuar e não parar. Continuemos, pois.

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