19 abril 2020

Da normalidade em tempos de coronavírus

A imagem deste post foi retirada de um evento acadêmico da UFRJ, em tempos de coronavírus. 
Eu não me considero a pessoa mais equilibrada, mas tampouco estou completamente obcecada por notícias acerca da pandemia que assola o mundo hoje. Aqui, no Brasil, já temos 2374 mortes oficiais, e a gente sabe que há muita subnotificação, mas não há o que fazer além de tentarmos nos proteger. 
Eu agradeço pelo fato de manter meu emprego em casa, só  que isso gera uma ansiedade enorme, duplica o trabalho e nos consome psicologicamente que é uma coisa de doido. Tenho dormido bastante bem, e acho que isso se dá porque eu estou tomando o óleo essencial de lavanda e o de copaíba, mas também deito cedo, às vezes, porque me bate uma deprê danada. Eu não consigo lidar com esse sentimento de que eu queria só fazer o que as pessoas dos grupos de Whatsapp fazem, que é cozinhar coisas deliciosas, ficar fazendo artesanato, escrevendo, compondo poemas, ... Eu penso nas trocentas redações para corrigir e me deprimo de pensar no puta trabalho que vai ser ter de lidar com isso no sistema do computador em vez de corrigir a mão, e o tempo que isso vai consumir. Daí, penso no tanto de leitura para a faculdade, porque leciono literatura, e me sinto ansiosa, porque tenho o trabalho no Colégio, tenho a casa, tenho minha filha e meu companheiro, e fico assim, ansiosa. Minha resposta a tudo isso é terminar coisas antes inacabadas -- geralmente, coisas que dão trabalho pra fazer e precisam que eu me dedique a esses projetos --, ou ver filmes. Acho que só nesse mês eu vi uns 6 filmes, gente. Pra quem trabalha e produz como eu, é milagre. Só consigo, normalmente, assistir a alguns capítulos de seriados. 
É claro que tem um monte de coisas essenciais que não consigo fazer, de que não dou conta, mas eu tento aceitar. Converso com minha psicóloga -- sessões por Whatsapp, gente (funcionam!) --, e vou levando. Quando consigo me lembrar e aceitar que preciso disso, acesso minha conta do Headspace e faço meditação. A minha colega de trabalho sugeriu 10 minutos de meditação antes de iniciar a correção. Vou tentar isso -- e aspirar o óleo de alecrim -- para dar um boost no meu ritmo e no meu nível de concentração.
O café eu não largo. Desde 2015, minha máquina de Nespresso faz sucesso comigo -- e agora com o meu companheiro. Coca-cola eu realmente não tomei mais. Não quero nem chegar perto, porque sei do perigo que é.
A boa notícia, no meio de tudo isso, é que eu emagreci 3 quilos desde o início do ano. Estou com 75,3 kg hoje e se tiver vergonha nessa cara deslavada, eu emagreço mais. 
Por enquanto, vou me concentrar em me distrair mais com coisas que não sejam comida, e também vou trabalhar pra dar conta do recado, aqui. Tenho umas 130 redações para corrigir até o dia 27. Eu me coloco dia 26, para não ter sofrimento maior. Então, hoje eu vou atacar, mais à tarde. Agora, vou escolher quais artigos os alunos lerão pra terça. E assim vamos indo. Com fé em Deus, sairemos inteiros dessa crise de saúde e o mundo, embora colapsado na economia, sairá um pouco recuperado da destruição humana no meio ambiente. 

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