11 outubro 2020

A decisão nunca é repentina


Durante esse período de pandemia, as atividades laborais não pararam -- e eu dou graças por ter como defender o pão e o salário da babá na casa dela (muitas vezes com minha menininha, quando aqui não deu pra ficar por conta de produtos usados na casa e de pó em excesso). Nesses meses, lidamos com reforma da casa, e daí adveio a necessidade de ficarmos tempos sem a nossa filha em casa, porque era MUITO pó de tinta descascada, lixada, e produtos químicos fortes. Mas ou fazíamos agora, ou não daria mais, por N motivos que não vêm ao caso. 

O problema de haver tantas coisas a cumprir ao mesmo tempo agora é ter de me virar nos 30 e lidar com a montanha-russa de emoções e de humor tanto meu quanto do meu companheiro. A pandemia e a reforma nos exauriram muito, mas a gente sabe que quando um está "virado no jiraya", o outro fica longe o quanto possa, ou evita conversar. 

Mesmo assim, o que não consegui foi regular a vida: sono irregular, comida irregular, muito muito muito pão e açúcar demais. Eu disse demais. O resultado não foi a engorda excessiva -- eu voltei aos 75 kg, e já estava nos 73 --, mas o cansaço extremo. Para subir as escadas, à noite, ou para acompanhar o ritmo da minha menina, eu peço ajuda a Deus.
Um dos meus hábitos de antes de dormir, ou numa folguinha que me dou, é ver vídeos de educação financeira. Eu estou assim desde março, e tenho conseguido, muito aos poucos, com exceção de setembro, me acertar. Nessas, eu passei a assistir a canais de minimalismo, consumo consciente, e tal. Resolvi destralhar muita coisa em casa (minha irmã chamava de "mitamamigaki"), até mesmo por causa de esvaziar armários para pintar os cômodos, e eu cogitei muito o que fazer com as roupas que não me servem. Há muitas camisas e vestidos que não me servem por poucos quilos -- coisa de 5 quilos, por exemplo --, outras que eu guardo como lembrança dos meus 19 anos, mesmo. Aliás, uma delas é tão linda e perfeita e atemporal que eu vou guardar pra minha filha. Daí, pensei: "é sempre mais fácil dar fim do que emagrecer, só que eu gosto do que eu tenho e não quero comprar roupa maior. Já estou comprando GG de novo". 
Comecei a pensar na minha vida, nesse blog, em que raramente escrevo, mas no qual eu coloquei, na lead, "a consciência de que eu escolhi ser magra", e também em economia, e principalmente em saúde e em bem-estar. Venho pensando nisso há muito tempo, enquanto vivo a minha vida na correria de sempre, mas agora tentando me dedicar a uma tarefa de cada vez -- são muitas, mas nesse ano eu adotei melhor a agenda e usá-la me ajuda muito. (De novo, setembro foi tão intenso e bagunçado por causa da reforma que eu não fiz agenda e me lasquei bonito). Nunca encontrava coragem de fazer uma dieta, de entender que preciso regrar a alimentação e comer de forma que, ao final do dia, haja déficit calórico ao mesmo tempo em que haja equilíbrio nutricional. 
Na quarta-feira à noite, eu estava vendo os canais do Youtube sobre economia, vida doméstica, minimalismo e então eu vi um retângulo em que uma moça dizia que tinha perdido 30 quilos em 4 meses -- e manteve. Eu não quero e não preciso perder 30 quilos, graças a Deus, mas uns 15 ou 16 vão muito bem. Resolvi assistir a ele para ver o que ela fez. O resumo da ópera é que eu naquele instante tomei coragem, e o que era um processo lento e gradual de mente, coração e corpo, tomou a forma de uma decisão: comecei ali mesmo a dieta low carb. Eu lembrei que há anos, talvez uns 20, uma nutricionista me indicou, mas eu não aguentei nem 8 dias. Os tempos eram outros e eu morava sozinha, sem apoio e sem estratégias, e com um estômago maior. Pensei nos óleos essenciais e nas vitaminas que preciso tomar diariamente e cheguei à conclusão de que valerá a pena fazer isso. A minha irmã Renata me falava do mal que o açúcar faz, e como ele vicia a gente. 
Eu fui ao Armazém do Natural, comprei os temperos e as farinhas especiais pro caso de precisar, bem como o xylitol, porque eu ainda não consigo tomar café sem açúcar; passei no Oba, comprei o que precisava consumir de verduras e alimentos a cozinhar, fui ao mercado e comprei queijos e aquilo os radicais proíbem: um copo de iogurte natural desnatado e leite semi. À tarde, eu tomo um copo de leite com uma colher pequena de xylitol e outra de cacau puro, batido, e esse é meu café. Agora à noite, por exemplo, tomei um chá de hortelã e então, na fome, tomei meio potinho do iogurte natural desnatado. 
Confesso que ter retirado o carboidrato simples e as massas me deu um rebote danado. Na sexta-feira bateu a bad, eu chorei, eu fiquei mal, e o dia inteiro nervosa e irritada, mas não desisti. Os vídeos me ajudam porque me educam e me animam. Tem página de reeducação alimentar no Facebook, tem os perfis no Instagram, e assim vou me mantendo animada. Minha meta é começar a fazer exercícios bem devagar quando tiver saído dos 68. Até lá, não vou tentar: meus joelhos com artrose reclamam muito mesmo. Então, quando eu tiver com 60, eu vejo se consigo emagrecer mais dois quilos para estabilizar. Mas a meta mesmo é 60kg. Se tenho prazo? Cada corpo reage de um modo. Eu tenho tomado água, tenho ido ao banheiro, e não fiz jejum intermitente -- é muita coisa para um começo só, e se eu for fazer será apenas a partir de novembro. Minha meta ideal é emagrecer esses 15 quilos em cinco meses. Eu sei que todo processo de emagrecimento tem platô, e estou contando com isso nesse tempo. Então, até 7 de março, que é aniversário do meu irmão caçula, quero ter atingido a meta. 
Agora, eu vou subir, fazer minha "rotina de beleza" (a dermatologista me passou um creme pra eu passar à noite, mas fui eu que pedi -- a gente precisa atacar as ervas daninhas quando estão nascendo e, no caso, são as discretas manchas no rosto) e dormir. Tenho duas aulas pra reassistir e 20 redações para avaliar ainda no domingo. Fora isso, tenho duas matérias pra montar no Moodle também nesse domingo, para os alunos de graduação. Então, até a próxima. 

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