11 janeiro 2009

Atraída por aquilo que sempre me será eterno


Quando fui ao supermercado com a minha mãe, após o Natal, dei de cara com este livro numa gôndola. Não era a primeira vez que eu via esta capa muito atraente; semanas antes, enquanto passeava pelas prateleiras da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, eu a tinha visto pela primeira vez. Na verdade, meses antes. Pensei em chegar perto, mas estava cansada e havia muita gente ali. E, no mercado, cheguei perto o suficiente para ler a frase provocadora, aquela que os editores destacam do livro para convidar o leitor a comprar o produto.
Eu me senti inexoravelmente atraída pela beleza da capa, e minha mente não pôde deixar de fazer conexão direta com a maçã da Branca de Neve. Mal sabia eu o quanto isso tem de lógico.Pensei em comprar, mas daí me lembrei de que estava para gastar com outras coisas para os outros e que meu V.A. não daria para tal luxo. Deixei para depois.
Então, meu irmão veio até a minha casa. E me trouxe o filme, já que não ando tendo condições de ir ao cinema, por mais que ame fazer isso. Eu amei tudo: desde a fotografia azulada, a trilha gótica jovem, a atuação e a beleza dos atores (tá, tá, confesso que a Kristen tem potencial para melhorar, mas está legal, também). Mas, sobretudo, da história. Do argumento.
Podem dizer o que quiser. Que é repleto de clichês. Que é fraco. Que é pra adolescentes. Que é romanesco. Folhetinesco, mesmo, no sentido strictu da palavra. Bem, nada disso altera a atração que senti pela história. E sei que vou ler os livros. Desesperadamente. Porque vivo para amar este tipo de literatura, além das já clássicas. Não é a toa que eu me dediquei tanto quando fiz Gothic com a Sandra.
Um dia antes da defesa do meu mestrado, tive uma conversa com a minha então orientadora, ME (a quem eu realmente estimo e admiro). Tínhamos trabalhado durante sete anos. Ela me conhece muito bem, e eu nunca fiz questão de esconder o meu gosto pela literatura não-canônica. Naquela noite, ela me disse que o meu caminho seria a literatura de fantasia. Não que ela aprecie. Mas reconhece que é o campo onde eu me dou bem. No campo da literatura para crianças e jovens, e no campo da liteatura de fantasia. Talvez isso seja resquício dos anos mal resolvidos que jamais ficaram realmente para trás. Deriva daí, provavelmente, o meu enorme gosto pela nostalgia, por aquilo que foi e por aquilo que jamais foi, e finalmente por aquilo que poderia um dia ter sido. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim. Há sempre os dois lados de uma mesma moeda, com coisas boas e ruins em ambos.
Bem, o que sei é que vou dar um jeito de comprar os livros. São 4 ao todo: Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e O Nascer da Madrugada [minha tradução, neste último caso, para Breaking Dawn]. Eclipse estreará em português no dia 16, ou seja, sexta-feira desta semana. Acho, afinal de contas, que já sei quais livros colocarei naquele porta-livros que pedi à minha mãe que me desse -- um que ela tinha desde que eu me entendo por gente.
Como não posso deixa de mencionar, ainda estou em meu processo de emagrecimento, pessoas. Vocês devem ter reparado que eu atualizei um monte de coisas no menu, ao lado, inclusive a régua e a tabela de peso. Mas é verdade. E conto mais: embora a pesagem oficial seja somente às sextas-feiras, para fins de marcação de tabela, eu me pesei hoje e vi que estou com 83,1 kg. Assim sendo, eu acredito que é bem possível que no domingo que vem -- daqui a exatamente uma semana --, eu estarei na casa dos 82! Isso é simplesmente fantástico! O que me deprime um pouco é ver que eu finalmente estou começando a sentir o peso da idade. Eu sinto essa melancolia de não poder ser jovem para sempre. Envelhecer tem sua beleza, mas eu queria uma outra vida de experiências da juventude, para somente assim poder não lamentar o fato de envelhecer... É. Vou fazer 32. Sei que parece frescura, mas quando se anseia tanto e ainda há tanto por fazer, a gente se sente um pouco assim. Bom, é a vida. É essa, afinal, a beleza e a dor de sentir o coração batendo no peito.

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