28 outubro 2020

"Te vira, linda!"

 

Essa foto eu tirei do Pinterest, então não tenho referência exata dela, mas ela serve para traduzir o que tem se tornado meu café da manhã: ovos e café preto. Faço lá uma variação: às vezes queijo, às vezes requeijão, às vezes manteiga, mas sempre sem nada de carboidrato simples, ou seja, no sugar, baby. Aliás, tenho tomado xylitol e,  um dia, eu até me arrisquei a tomar um carioquinha sem açúcar. Não foi nada gostooooso, mas dizem que com o hábito a gente aprende a verdadeiramente saborear o café.

Além da alteração de humor, a mudança na alimentação aliada à falta de vergonha na cara gerou a capacidade de ficar gripada na semana passada. É bem verdade que pegamos da nossa pequena, só que isso não teria acontecido se eu tivesse 1) fazendo o correto uso dos protocolos dos óleos essenciais  (quando a casa começou a ser pintada, eu "larguei de mão"); e 2) eu tivesse tomando as vitaminas de que necessito por causa da condição de ser operada do estômago. Bom, a gente toma na tarraqueta numa dessas, né. A médica até achou que fosse COVID e me mandou fazer o PCR, mas o resultado saiu e graças a Deus deu negativo. 💖

Meus horários estão super irregulares, mas eu ando levando a sério o que o pessoal da low carb orienta: coma quando está com fome, e coma para saciar, e não para entupir porque está gostoso. Então, eu tenho comido mais proteínas e venho registrando, consistentemente, o que como no diário que existe no My Fitness Pal (lembram dele? Resgatei das antigas e coloquei-o na ativa). Acho que só um dia eu passei da meta que me coloquei de 1300 calorias. Por via das dúvidas, eu resolvi marcar uma consulta com a Dra. Marisa, nutricionista, para a gente regular direito as necessidades diante do que estou fazendo e de onde preciso chegar. 

Não é só de comida que uma transformação acontece. Eu sei que preciso beber mais água e eu tenho tentado sem muita força fazer isso, porque ir ao banheiro sem andar é um problema de mobilidade que, dependendo do quão repentinamente eu fico apertada, pode gerar um constrangimento. Anyway, preciso beber água. Eu que lute. Eu tomava muito chá-mate, mas sem o açúcar eu nunca mais fiz. Tomo o de hortelã, só que o de erva-doce não me apetece. 

Como não só de comida e de bebida vive uma transformação, eu fico me lembrando de que o Dr. Thales me diz que minha vida vai ser sempre essa muvuca e que eu tenho de me virar e encaixar exercício físico nela. Também sei que academia é furada, dadas as especificidades do meu caso. Então, vou contratar um técnico que vai me orientar à distância. Não tive recomendação, e eu o encontrei pela internet, mas acho que vai dar certo. Temos conversado e eu devo começar assim que o dentista me liberar (eu vou fazer uma das cirurgias envolvidas no processo de implantes dentários -- são 4, e eu estou nisso na APCD desde o ano passado). Eu tenho certeza de que qualquer coisa que eu faça já vai me ajudar a me colocar em movimento e, quando eu menos esperar, vou ter incorporado uma rotina de exercícios, com o objetivo de ganhar massa magra, prioritariamente. 

Não fiz "receita low carb" de doce nem nada, porque isso também engorda. É doce de leite, é creme de leite, é pudim, é bolo... Não, obrigada. Eu quero chegar na minha meta e eu não posso me dar ao luxo de fazer isso. Quando bate aquela vontade desesperadora, eu como um tablete de 10 gramas de chocolate 70%. Na TPM, eu comi 20 gramas... 😧

Tenho a dizer que emagreci, até agora, em 19 dias, 3,9 quilos. Eu voltei a usar uma blusa que não estava me servindo, e a sensação é muito, muito gratificante. Eu sei que demora, sei que é um processo, que bate a bad, que o estresse e o leve desespero de ter de corrigir 150 redações em 8 dias úteis é grande, mas é um dia de cada vez -- pra tudo. Quando a gente tem de fazer, é como no quadro do Meu Poupe, da Bruna Andreotto, o "Te vira, linda!" -- só que lá é pra gerar renda extra. Esse é um caso pra focar ano que vem. Minha prioridade esse ano é manter qualidade e excelência no que já faço -- o que inclui tudo nesse período de um dia. E, nesse tempo, eu dedico tudo o que posso pra minha filha: brinco com ela de cozinha, de desenhar, de montar castelinho, leio pra ela, cantamos juntas, e assim vamos indo. 

Nisso tudo, tem as aulas na faculdade, que amo de paixão, e eu preparo da melhor maneira que consigo. Conto com a babá para cuidar do que não posso e preparo as aulas. À noite, ou de madrugada, quando minha Flor de Primavera finalmente dorme, eu sempre leio um pouco dos romances do curso, mas o grosso mesmo eu preparo antes de ela acordar -- como agora, por exemplo. Lá vou eu corrigir as redações, porque tenho meta diária pra bater e não me embananar. Pretendo voltar em breve. Talvez, eu diga que de 71,5 kg eu passei a quase 70 ou, com otimismo, menos de 70 kg. A ver.

11 outubro 2020

A decisão nunca é repentina


Durante esse período de pandemia, as atividades laborais não pararam -- e eu dou graças por ter como defender o pão e o salário da babá na casa dela (muitas vezes com minha menininha, quando aqui não deu pra ficar por conta de produtos usados na casa e de pó em excesso). Nesses meses, lidamos com reforma da casa, e daí adveio a necessidade de ficarmos tempos sem a nossa filha em casa, porque era MUITO pó de tinta descascada, lixada, e produtos químicos fortes. Mas ou fazíamos agora, ou não daria mais, por N motivos que não vêm ao caso. 

O problema de haver tantas coisas a cumprir ao mesmo tempo agora é ter de me virar nos 30 e lidar com a montanha-russa de emoções e de humor tanto meu quanto do meu companheiro. A pandemia e a reforma nos exauriram muito, mas a gente sabe que quando um está "virado no jiraya", o outro fica longe o quanto possa, ou evita conversar. 

Mesmo assim, o que não consegui foi regular a vida: sono irregular, comida irregular, muito muito muito pão e açúcar demais. Eu disse demais. O resultado não foi a engorda excessiva -- eu voltei aos 75 kg, e já estava nos 73 --, mas o cansaço extremo. Para subir as escadas, à noite, ou para acompanhar o ritmo da minha menina, eu peço ajuda a Deus.
Um dos meus hábitos de antes de dormir, ou numa folguinha que me dou, é ver vídeos de educação financeira. Eu estou assim desde março, e tenho conseguido, muito aos poucos, com exceção de setembro, me acertar. Nessas, eu passei a assistir a canais de minimalismo, consumo consciente, e tal. Resolvi destralhar muita coisa em casa (minha irmã chamava de "mitamamigaki"), até mesmo por causa de esvaziar armários para pintar os cômodos, e eu cogitei muito o que fazer com as roupas que não me servem. Há muitas camisas e vestidos que não me servem por poucos quilos -- coisa de 5 quilos, por exemplo --, outras que eu guardo como lembrança dos meus 19 anos, mesmo. Aliás, uma delas é tão linda e perfeita e atemporal que eu vou guardar pra minha filha. Daí, pensei: "é sempre mais fácil dar fim do que emagrecer, só que eu gosto do que eu tenho e não quero comprar roupa maior. Já estou comprando GG de novo". 
Comecei a pensar na minha vida, nesse blog, em que raramente escrevo, mas no qual eu coloquei, na lead, "a consciência de que eu escolhi ser magra", e também em economia, e principalmente em saúde e em bem-estar. Venho pensando nisso há muito tempo, enquanto vivo a minha vida na correria de sempre, mas agora tentando me dedicar a uma tarefa de cada vez -- são muitas, mas nesse ano eu adotei melhor a agenda e usá-la me ajuda muito. (De novo, setembro foi tão intenso e bagunçado por causa da reforma que eu não fiz agenda e me lasquei bonito). Nunca encontrava coragem de fazer uma dieta, de entender que preciso regrar a alimentação e comer de forma que, ao final do dia, haja déficit calórico ao mesmo tempo em que haja equilíbrio nutricional. 
Na quarta-feira à noite, eu estava vendo os canais do Youtube sobre economia, vida doméstica, minimalismo e então eu vi um retângulo em que uma moça dizia que tinha perdido 30 quilos em 4 meses -- e manteve. Eu não quero e não preciso perder 30 quilos, graças a Deus, mas uns 15 ou 16 vão muito bem. Resolvi assistir a ele para ver o que ela fez. O resumo da ópera é que eu naquele instante tomei coragem, e o que era um processo lento e gradual de mente, coração e corpo, tomou a forma de uma decisão: comecei ali mesmo a dieta low carb. Eu lembrei que há anos, talvez uns 20, uma nutricionista me indicou, mas eu não aguentei nem 8 dias. Os tempos eram outros e eu morava sozinha, sem apoio e sem estratégias, e com um estômago maior. Pensei nos óleos essenciais e nas vitaminas que preciso tomar diariamente e cheguei à conclusão de que valerá a pena fazer isso. A minha irmã Renata me falava do mal que o açúcar faz, e como ele vicia a gente. 
Eu fui ao Armazém do Natural, comprei os temperos e as farinhas especiais pro caso de precisar, bem como o xylitol, porque eu ainda não consigo tomar café sem açúcar; passei no Oba, comprei o que precisava consumir de verduras e alimentos a cozinhar, fui ao mercado e comprei queijos e aquilo os radicais proíbem: um copo de iogurte natural desnatado e leite semi. À tarde, eu tomo um copo de leite com uma colher pequena de xylitol e outra de cacau puro, batido, e esse é meu café. Agora à noite, por exemplo, tomei um chá de hortelã e então, na fome, tomei meio potinho do iogurte natural desnatado. 
Confesso que ter retirado o carboidrato simples e as massas me deu um rebote danado. Na sexta-feira bateu a bad, eu chorei, eu fiquei mal, e o dia inteiro nervosa e irritada, mas não desisti. Os vídeos me ajudam porque me educam e me animam. Tem página de reeducação alimentar no Facebook, tem os perfis no Instagram, e assim vou me mantendo animada. Minha meta é começar a fazer exercícios bem devagar quando tiver saído dos 68. Até lá, não vou tentar: meus joelhos com artrose reclamam muito mesmo. Então, quando eu tiver com 60, eu vejo se consigo emagrecer mais dois quilos para estabilizar. Mas a meta mesmo é 60kg. Se tenho prazo? Cada corpo reage de um modo. Eu tenho tomado água, tenho ido ao banheiro, e não fiz jejum intermitente -- é muita coisa para um começo só, e se eu for fazer será apenas a partir de novembro. Minha meta ideal é emagrecer esses 15 quilos em cinco meses. Eu sei que todo processo de emagrecimento tem platô, e estou contando com isso nesse tempo. Então, até 7 de março, que é aniversário do meu irmão caçula, quero ter atingido a meta. 
Agora, eu vou subir, fazer minha "rotina de beleza" (a dermatologista me passou um creme pra eu passar à noite, mas fui eu que pedi -- a gente precisa atacar as ervas daninhas quando estão nascendo e, no caso, são as discretas manchas no rosto) e dormir. Tenho duas aulas pra reassistir e 20 redações para avaliar ainda no domingo. Fora isso, tenho duas matérias pra montar no Moodle também nesse domingo, para os alunos de graduação. Então, até a próxima.